22 de out. de 2025

A BOA CONVERSA SOBRE OS TEMPOS BONS DA VIDA QUE NÃO VOLTAM NUNCA MAIS


Todos os dias sentava no batente de casa, rádio ligado para escutar os contadores de viola e depois o programa de músicas do "fundo do baú" que ia até o por do sol quando entrava para o jantar.

De noite botava a cadeira de balanço na calçada, rádio ligado para ouvir o programa de forró que começava logo após a "Voz do Brasil '.

Entre um intervalo e outro aproveitava para contar coisas do "arco da velha", do tempo dos seus avós, quando, segundo ele, o povo era mais crente e mais feliz".

Quem comprava fiado, pagava; quem "mexia" com uma moça, casava; os filhos respeitavam os pais e tomavam a benção aos mais velhos.

Era desse jeito e modelo, mesmo assim, podem escrever.

Desligava o rádio, botava a cadeira para dentro, desejava boa noite aos vizinhos e dizia: vou dormir e sonhar com os anjos.

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